segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Perder pra crer

O que é preciso pra mudar uma conduta ou uma maneira de conduzir? Quem de fato pode nos fazer sentir protegidos? Quem está no comando? Perguntas sem resposta, principalmente quando tudo oscila dentro de valores e fatores que algumas vezes ficam difíceis de entender. Se existem leis e regras, elas não foram feitas pra serem descumpridas. A função delas é simples e básica: guiar um comportamento. E o que fazer pra que isso de fato aconteça? Fiscalizar, cuidar, vigiar.
Infelizmente na prática nada é assim. O que a gente vê é o tempo todo exemplos negativos, vidas perdidas a esmo, por irresponsabilidade, por banalidades. Qual o valor de uma vida então? Não sei, mas não me parece uma das ações que estão em alta na Bovespa. O segredo é sentir a perda na pele. Só quem se sensibiliza com essa realidade que passeia ao nosso redor a todo momento é quem é apanhado pela perda.
Então vamos falar de um caso em particular. Um sorriso encantador, um futuro brilhante, planos do tamanho do seu coração e um jeito moleque de uma menina de 20 anos. E o que resta hoje? A lembrança de um sorriso, e só. E por quê? Porque alguém, por uma irresponsabilidade consciente atropelou os sonhos e as chances de um amanhã. Retirou dela a oportunidade de acordar hoje e depois. Se tinha que acontecer eu não sei, não estou questionando as vontades de Deus, mas sim a conduta dos filhos dele.
Foi preciso isso pra que a fiscalização nas praias aumentasse? Foi preciso isso pra que se olhasse mais atentamente para essa questão? Será que não tinha-se quem fiscalizar antes? E de onde veio quem faz isso agora? A verdade é que tudo depende de alguns, e sempre tem a ver com poder, com poder e não fazer. As coisas vão além de nós e o que nos resta é orar, e pedir pra não sermos os próximos, nem os nossos, nem os dos outros. No país em que vivemos os órgãos responsáveis pela nossa proteção infelizmente funcionam como os bombeiros, a diferença, é que só chegam pra dispersar a fumaça depois que o fogo já passou.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

o palhaço da vez

Em tempos de eleição comentar política vira moda. Ta quase tão na moda quanto às roupas coloridas do Restart. O problema é que somos tão ignorantes politicamente falando que às vezes é até engraçado os discursos rasos sobre candidatos, ficha limpa ou propostas de governo. Fala-se mal de um, elogia-se outro, e assim vai no boca a boca da superficialidade até acabar o segundo turno, e ai o Brasil volta ao normal. Política só passa a ser discutida quando mais um escândalo vira manchete nos grandes jornais. E é por isso que nada muda, rodamos em um ciclo eterno onde dizer que terminou tudo em pizza não é indignação e sim piada e votar em uma figura caricata é a forma orgasmatica de fazer protesto. O que de fato precisa entrar na cabeça do brasileiro é que a palavrinha mágica para que as coisas parem de andar em círculos é EDUCAÇÃO, ou reeducação. As novas gerações precisam crescer entendendo que política não se trata de um processo chato de campanhas, horários 'gratuitos' na TV, bandeiras nas ruas e festas nos comitês. O que essa tão falada juventude precisa é conhecer seus direitos, deveres, conhecer o paradeiro do dinheiro gasto com impostos. Só assim a sociedade tem chance de sair desse estado quase hipnótico de aceitação e conformismo, onde tudo é normal, onde tudo é assim mesmo, onde falar de Tiririca é mais importante do que discutir o futuro do país conhecendo melhor quem de fato vai estar a frente da nação, o segundo turno ta chegando e quatro anos é tempo demais. É fácil ser candidato no Brasil, as pessoas gostam de ser enroladas, gostam de não saber. Aqui aquela história do ordem e progresso não funciona, ta muito mais para 'pão e circo' e adivinha quem são os palhaços?
Vanessa Duarte

auto-explicativo

Existe sempre aquela ânsia de ser mais, falar mais, saber mais, entender mais, ver mais.. Existe sempre aquele desejo de colocar pra fora o que às vezes nem a gente mesmo entende, abstrações que sorrateiramente tomam conta e logo tudo vira uma loucura aqui dentro. O jeito é por pra fora, falar de tudo e nada ao mesmo tempo, lidar com a estranheza de ser e pensar como penso. Um blog pra escrever simplesmente sobre o que der vontade. De política a futilidades. De uma discussão filosófica sobre o ser e estar vivo, a uma analise psicológica daquele personagem da moda na novela.. E é isso, e nem se preocupe em entender. Nem mesmo eu entendo.